Em pediatria todas as subespecialidades existem para que se trate a criança com todas as suas particularidades, sejam elas físicas ou psicológicas. E não seria diferente com um cirurgião pediátrico. Uma criança doente necessita de cuidados e atenção especial e quando essa doença é cirúrgica os cuidados são redobrados.
Nenhum adulto deseja que seu filho ou parente próximo seja operado. Porém quando necessário é importante que crianças e famílias sejam bem orientados quanto a indicação de cirurgia e como ela é realizada.
A cirurgia pediátrica é uma especialidade relativamente recente, com menos de 100 anos. Neste tempo foi observada uma importante redução nas taxas de mortalidade em doenças relacionadas à especialidade, especialmente em doenças congênitas graves como hérnias diafragmáticas, gastrosquises, atresias esofágicas e outras. Tanto devido ao avanço nas técnicas de assistência em terapia intensiva quanto aos avanços nas técnicas cirúrgicas minimamente invasivas desenvolvidas ao longo dos anos por uma especialidade que estuda especificamente a anatomia e funcionamento do organismo de bebês e crianças.
Uma criança tem a fisiologia e proporções anatômicas diferentes dos adultos e essas particularidades são necessárias ser estudadas e conhecidas pelo profissional que será responsável pela sua cirurgia.
Outro aspecto importante a ser lembrado é que a criança é cuidada por um outro ser responsável, maior de idade. E a comunicação deverá ser feita em linguagem apropriada para todos de forma clara e objetiva, para que o sucesso do tratamento possa ser maior, já que a comunicação com a criança permite um paciente mais seguro, consciente e colaborativo com seu tratamento.
Como é a formação do cirurgião pediátrico?
Nossa formação além da faculdade de medicina envolve mais entre 5 e 6 anos de formação, inicialmente. Neste período nos aprofundamos em técnicas cirúrgicas, doenças cirúrgicas comuns e raras em bebês, crianças e adolescentes, aprendemos as particularidades da anatomia e fisiologia dos nossos pacientes, além de treinarmos a convivência, a comunicação e a afeição com as crianças e suas famílias.
Ainda após este período o cirurgião pediátrico pode fazer especializações adicionais em áreas que demandam maiores particularidades como oncologia, urologia, videocirurgia e neonatologia.
O que faz o cirurgião pediátrico?
Nossa especialidade trata boa parte das patologias que afetam menores de idade desde o período pré-natal até a adolescência. Nossa área de atuação envolve vários sistemas e órgãos como por exemplo região gastrointestinal, cervical, vascular, geniturinário.
Algumas doenças comumente tratadas pelo cirurgião pediatra:
- Apendicite
- Hérnias inguinais e umbilicais congênitas
- Atresia de esôfago
- Onfalocele e gastrosquise
- Hérnia diafragmática
- Cisto tireoglosso
- Fimoses, hipospadias e outras doenças urológicas
As crianças têm direito por lei ao melhor atendimento em saúde possível. E isso inclui atendimento cirúrgico especializado. Nessa forma o cirurgião pediátrico representa o atendimento de excelência. Por isso faça essa escolha para seu filho. Melhores resultados, maior segurança, menos trauma, menos riscos, menos sequelas, acompanhamento a longo prazo no pós operatório.
Lívia Freitas
Cirurgiã Pediátrica em Brasília
Como deve ser uma consulta em cirurgia pediátrica?
Em geral o paciente vem ao cirurgião através de um encaminhamento pelo pediatra, que suspeita de alguma patologia que necessite cirurgia. Na consulta o cirurgião seguirá todos os passos da consulta médica tradicional, que resumidamente são os seguintes:
Anamnese
É o momento da “entrevista”, onde o médico deve perguntar a queixa do paciente. Neste momento a família deve relatar o que tem o paciente, o tempo de sintomas, em quais profissionais foi anteriormente, se necessário ter imagens/fotos do sinal que for aparente, se assim o tiver. Importante levar todos os exames de imagens e de sangue, o cirurgião pediátrico se encarregará de avalis os que forem mais importantes.
Também deve ser informadas condições de saúde do paciente como doenças atuais ou prévias, alergias, históricos de saúde, medicamentos atuais ou prévios ou cirurgias prévias, ou outras informações solicitadas.
Exame físico
Neste momento o cirurgião fará um exame direcionado às principais queixas do paciente. Porém é importante também realizar uma inspeção em busca de outras alterações comuns que possam interessar ao cirurgião pediatra.
Também é interessante uma avaliação em busca de alterações mais importantes que possam atrapalhar a cirurgia / anestesia, como alterações na ausculta cardíaca ou pulmonar.
Neste momento o cirurgião disporá de informações para fazer um planejamento cirurgico.
Planejamento cirurgico e esclarecimento de dúvidas
Após avaliação do quadro é necessário ter uma decisão e um planejamento cirurgico. E deverá ser transmitido aos pais de forma simples e acessível. Informações mais importantes a ser bem esclarecidas aos familiares:
- Como surgiu aquela doença
- Porque é necessário operar
- Como é a cirurgia e a recuperação
- Por que é necessário anestesia geral em crianças
- Quais os riscos de operar e de não operar
Se possível é importante no consultório usar recursos de imagem (fotos e desenhos) para melhor compreensão. Também é necessário estar preparado para explicar ao paciente em linguagem apropriada para sua idade sobre seu procedimento, de maneira a deixa-lo mais confiante e tranquilo para o procedimento.
Caso precise de um cirurgião pediátrico para acompanhar seu filho, estou a disposição para esclarecer suas dúvidas. É só me procurar nos contatos abaixo:
Lívia Freitas
Cirurgiã Pediátrica em Brasília
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Fontes:
https://cipe.org.br/novo/wp-content/uploads/2020/09/cipe-defesa.pdf
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